segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quiropraxia vai muito além da massagem


Prática, pouco conhecida no país, pode ser solução para dores nas costas, que atingem 36% dos brasileiros

A dor nas costas é considerada a doença crônica mais comum entre os brasileiros. Segundo dados da Escola Nacional de Saúde Pública, o problema atinge cerca de 36% da população e está em terceiro lugar no ranking de principais motivos de afastamento do trabalho no Brasil, de acordo com informações do Ministério da Previdência Social.

Já no mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 80% das pessoas sofrerão ao menos um episódio de dor nas costas durante a vida. E estudos apontam que os números vêm aumentando por causa da má postura, do sedentarismo e da obesidade.

Para combater o problema, muita gente recorre à massagem, a fim de aliviar a dor e aumentar a qualidade de vida. Entretanto, uma outra técnica ainda pouco conhecida, próxima da massagem, promete ser uma solução: a quiropraxia.

Como é pouco divulgada, a prática é frequentemente confundida com massagem, mas vai muito além. Ela exige curso universitário com cinco anos de duração e mais de mil horas de estágio. Segundo a Associação Brasileira de Quiropraxia, há duas faculdades no país que disponibilizam o curso: a Universidade Anhembi Morumbi (em São Paulo) e a Universidade Feevale (Rio Grande do Sul).

Por meio de técnicas variadas de manipulação (daí a semelhança com a massagem), a quiropraxia trata alterações do sistema neuromusculoesquelético, ou seja, problemas articulares, nos músculos, tendões, ligamentos, etc. “Apertões”, estalos e alongamentos são comuns nas sessões. “Quem mais nos procura são pessoas que sofrem de lombalgias (dores nas costas), mas a quiropraxia trata também torcicolo, hérnia de disco, tendinite e dores de cabeça”, diz Camila Benedicto, quiropraxista e professora.

“O tratamento é feito sem o auxílio de medicamento, o que traz enormes benefícios para a saúde do paciente, além de uma economia grande”, completa Ana Paula Facchinato, quiropraxista e coordenadora do curso da Anhembi.

Os quiropraxistas também são habilitados a dar orientação aos pacientes sobre a melhor postura e a prescrever exercícios para serem feitos em casa.

MICHELI NUNES
micheli.nunes@diariosp.com.br

Fonte: Viva+

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Massagem tailandesa quer se afastar da imagem de prostituição

Imagem retirada do equilibriumsite.com.br
A associação de massagistas da Tailândia quer que seja aprovada uma lei que proíba os estabelecimentos dedicados à prostituição de utilizar a palavra "massagem" como chamariz para serviços sexuais. Embora neste país a prostituição seja em tese ilegal, os locais de venda de sexo se proliferam com o beneplácito das autoridades e sob a aparência de bares e outros lugares que anunciam a famosa massagem tailandesa.
"O projeto de lei já está há quatro anos no parlamento, mas temos confiança que os deputados entrarão em um acordo durante esta legislatura para regular o setor", disse Serat Tangtrongchitr, diretor da Escola de Medicina Tradicional Tailandesa de Wat Po.
Segundo Serat, muitos turistas buscam exatamente os prostíbulos encobertos, mas também há quem se confunda nestes locais, aparentemente idênticos aos estabelecimentos de massagens, mas onde as meninas não são massagistas de fato. "Não nos opomos aos outros estabelecimentos de lazer e entretenimento, mas não queremos que utilizem a palavra 'massagem' porque induz à confusão", apontou o diretor da escola, uma das mais reconhecidas da Tailândia.
A lei, segundo Serat, também permitirá que se proteja as pessoas que se formaram para ser massagistas e que podem terminar sendo exploradas em algum bordel com fachada de estabelecimento de massagens. "Happy ending" (final feliz) é uma conhecida expressão utilizada na Tailândia para se referir aos serviços sexuais que algumas meninas oferecem ao cliente após a massagem, enquanto outras modalidades são a massagem "corpo a corpo" ou na "jacuzzi".
No entanto, muitos cidadãos querem preservar o velho legado da massagem tailandesa, uma tradição terapêutica que faz parte da medicina tradicional dos antigos reinos tailandeses, influenciada ao longo dos séculos pelas culturas indiana e chinesa. "A maioria das pessoas conhece a massagem tailandesa como um relaxamento, mas também é um tratamento que ajuda a melhorar a saúde, sobretudo a prevenir dores musculares", explicou Serat, cujo avô iniciou a escola Wat Po nos anos 1950.
A tradicional massagem terapêutica tailandesa remonta ao antigo reino de Sukhothai, do século 13, e esteve a ponto de desaparecer após a invasão dos birmaneses, em 1767. Quando a capital do Reino de Sião se deslocou para Bangcoc, os primeiros monarcas da atual dinastia Chakri decidiram esculpir em pedra os conhecimentos da medicina tradicional, incluindo as massagens, para preservá-los.
Com a chegada da medicina convencional no início do século XX, as autoridades e muitos tailandeses abandonaram em parte a medicina tradicional. "Em 1950, meu avô decidiu criar a escola ligada ao templo Wat Po, onde se encontram inscritas as pedras com as receitas da medicina tradicional e a arte da massagem", explicou Serat.
O famoso recinto acolhe dois locais de massagem ligados à escola, enquanto os estudantes, cerca de 7 mil tailandeses e 3 mil estrangeiros ao ano, têm aulas em um prédio situado a poucos metros. Alguns hospitais criaram unidades de massagem tailandesa para ajudar na recuperação dos pacientes e programas similares estão em período de testes no Japão.
"Vim há anos para a Tailândia e, após um tratamento de 20 horas de massagem, me curei dos meus problemas urinários e da pele, agora voltei para aprender", indicou Salima, uma estudante francesa da escola de Wat Po.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Peixe dá massagem, mas aproveita para morder seus clientes.






















Sabe como é ganhar uma massagem e sair revigorado, preparado para tudo? Os peixes também. Bom, ao menos uma espécie deles. Uma pesquisa da Universidade de Investigação em Ecoetologia de Lisboa encontrou a primeira espécie - fora a nossa, é claro - que sente prazer em uma massagem onde não há qualquer interação social entre "terapeuta" e "cliente": o peixe-cirurgião.

A equipe, coordenada pela pesquisadora Marta Soares, observou que diversas espécies procuram os peixes-limpadores para que estes o livrem de seus parasitas. Mas a visita custa caro: além de comer os parasitas - seu prato preferido -, os limpadores dão umas dentadas a mais na clientela (composta, entre outros, pelo peixe-cirurgião) para tirar parte do muco protetor que envolve o seu corpo.

- O muco protege os peixes de doenças bacterianas e queimadura solar, entre outros fatores - ressalta Marta. - Os limpadores adoram tentar arrancá-lo, por ser extremamente calórico, e seguram os peixes que o visitam por mais tempo, para que mordam algo mais, além dos parasitas.

A pesquisadora compara: é como se fôssemos a uma loja, atrás de um produto, e o levássemos a um preço bem maior do que esperávamos. Então, por que voltamos lá?

- Ainda estamos estudando o custo-benefício dessa visita - explica. - Mas é bem capaz de valer a pena. O peixe sai sentindo-se mais rápido e protegido contra as ameaças que o cercam. Provavelmente sentem prazer.

Marta fez o estudo na Austrália com um aparelho que simula a ação dos limpadores. Um artigo com suas conclusões foi publicado esta terça-feira na "Nature Communications".


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/peixe-da-massagem-mas-aproveita-para-morder-seus-clientes-3240062#ixzz1fOofIpmq