sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A USP estuda massagem contra enxaqueca

Melhora já foi notada em algumas pacientes, mas trabalho irá tabular dados com evolução de pacientes

Mariana Lucera

Uma pesquisa realizada no ambulatório de fisioterapia da USP de Ribeirão Preto quer comprovar a eficácia de massagens e técnicas de relaxamento para diminuir a frequência, intensidade e duração de pacientes mulheres que sofrem de enxaqueca.
A pesquisadora Maria Cláudia Gonçalves começou a utilizar massagens em pacientes que já fazem o acompanhamento no ambulatório de enxaqueca do Hospital das Clínicas há quatro anos. Ela diz que melhora nas pacientes com a aplicação da técnica."Nesse último ano preparamos todo o projeto de pesquisa e recebemos autorização do comitê de ética para colocá-la em prática e observar se o estudo vai se confirmar e sistematizar com a utilização de dados", explica a especialista.

Mária Cláudia diz que o objetivo é a redução das crises de enxaqueca, que podem durar três dias, para dois. Outra meta é diminuir a intensidade das dores e cortar pela metade os números de crises por mês.
"Vamos dividir as voluntárias que quiserem se submeter às massagens em dois grupos. Em um vamos aplicar apenas os medicamentos receitados pelo neurologista, no outro vamos dar o medicamento e fazer as massagens, para poder analisar em qual grupo houve melhora", diz.
Segundo a pesquisadora a técnica de massagem que é bem simples e qualquer fisioterapeuta pode realizar. "A massagem vai ser feita nos músculos do pescoço e ombros, além de uma técnica de respiração".

A cientista alerta que se comprovada a técnica não deve substituir o tratamento da enxaqueca por medicamentos, mas espera reduzir o consumo de analgésicos e melhorar qualidade de vida das pacientes. "A enxaqueca impede a pessoa de realizar várias atividades e nem todos os pacientes se adequam aos remédios. A utilização das massagens para aliviar as dores é mais uma alternativa", diz.

Fonte: Jornal a Cidade

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